top of page
Buscar

O início da jornada

  • Foto do escritor: Dilnei Dalpian
    Dilnei Dalpian
  • 3 de dez. de 2023
  • 3 min de leitura

Esta minha jornada se iniciou na metade de 2021, quando estávamos extremamente alegres (eu e a Dani) pelo motivo do nascimento da nossa filha Alícia, onde fazia poucos dias que havíamos superado as terríveis e famosas cólicas dos bebês, realmente são horas e horas de choros, nada fácil. Uma semana após a Alícia fazer sua adaptação na escolinha, quando ela tinha aproximadamente 4 meses aconteceu o que ninguém está preparado ou esperando, então a Dani, mãe da Alícia e minha esposa, foi acometida por um acidente de trânsito (vítima de um atropelamento) e não resistiu aos ferimentos.

ree

Os dias que se sucederam foram muito tristes e melancólicos, pois nada estava no lugar ou não estava como eu era acostumado a ter. Rotinas, sem tempo disponível, foram dias difíceis; Tudo isso e um pouco mais foi trocado por pensamentos e questionamentos de o porquê isto ter acontecido, porquê agora..., em meio a ter que voltar a trabalhar e lidar com os meus pensamentos/sentimentos, tive que desenvolver algumas habilidades, misturando cuidados com um bebê sem saber como fazer, afazeres domésticos e noites mal dormidas, fui buscando formas para bloquear alguns pensamentos que não me ajudavam muito no dia-a-dia. Claro que não posso esquecer de pessoas que me ajudaram, em especial a dinda Francieli que ficou cerca de 20 dias me ajudando nos primeiros momentos.

Dizem que tudo tem o seu lado positivo, muitas vezes difícil de enxergar, eu mesmo demorei muito para enxergar alguma coisa positiva, mas acabei encontrando: ser chamado para cuidar, amar, educar e aprender com certa exclusividade, pois como eu digo a mim mesmo, a Alícia é só minha. Claro que a Alícia possuiu outras pessoas que a querem bem, cuidam dela, a amam, mas saber que eu sou o responsável por acompanhar integralmente está pessoinha chamada Alícia, não tem preço.

Num primeiro momento decidi seguir uma rotina que a Dani havia estipulado, mas certamente a Alícia não é muito das rotinas, adora uma folia, fazendo com que aos poucos tudo fosse mudando, acredito que a Alícia com o seu jeito de ser está me mostrando que a vida não precisa ser só rotina e que podemos fugir dela, que muitas vezes é imposta, aproveitando a vida, sem um “peso” por não ter feito algo. Ela tem este lado alegre, leve, simpático que me ajudou e ajuda a continuar a vida. Hoje com 2 anos e 7 meses ela ainda não pergunta pela mãe, pelo fato de ser muito pequena quando a Dani partiu, mas sei que este dia está próximo e espero que eu possa de uma forma leve trazer as respostas e as lembranças de como era a sua mãe!

Em meio as turbulências, dos cuidados com a Alícia percebi que normalmente a mãe é quem tem muito mais responsabilidades com o bebê, sabe das rotinas, o que falta, o que precisa, digo isso, porque são elas que planejam (sabem o que falta ou vai faltar e fazem a lista do mercado), já o pai normalmente é quem executa, vai no mercado comprar o está na lista, por exemplo. Sem a minha esposa tudo acumulou na minha cabeça, coisas para casa, cozinhar, limpar, o que a nenê necessita, como criar uma criança.... Me deparando que a Dani seria a organizadora das tarefas e já tinha muita coisa organizada na sua cabeça para cuidar de um bebê. Muitos podem pensar não é nada demais, quem não consegue? Mas quando paramos e pensamos como se deve cuidar de um bebê/criança tem muita coisa (não é só largar uns brinquedos perto da criança), eu não sabia nada além do que a Dani me falava, isso me deixou um pouco preocupado e percebi algumas desconfianças em relação se eu conseguiria cuidar sozinho da Alícia, assim botei meus neurônios para pensar, comecei a procurar coisas de bebês, e cheguei à conclusão de que eu precisava estudar para ser pai!!!

Estudar para ser pai/mãe? Pois é eu estranhei no início, nunca havido escutado algo parecido, mas se formos analisar, para ter uma profissão temos que estudar, no trabalho temos que estudar para fazer alguns serviços e para criar/educar uma pessoa, que certamente é muito mais complexo que implementar uma norma, criar propaganda... assim comecei a busca por conhecimento para ter mais condições para ajudar a Alícia no seu desenvolvimento.

Segundo Francis Bacon: “Conhecimento é poder”, então quando estudamos, obtemos conhecimento e tudo se torna mais fácil, conseguimos então ter opções/ ferramentas para nos auxiliar a ajudar no desenvolvimento da criança, sem precisar usar as formas tradicionais.

Este é um breve resumo do que foram os primeiros meses, muito difíceis, muitos pensamentos, dúvidas, aprendizados, mas hoje vejo que me ajudaram a ser a pessoa que sou e que ajudará a Alicia na sua vida, com intuito que ela se desenvolva com muito amor e carinho, respeitando sempre a sua independência e suas lindas e únicas características!!!

Até mais!!!

 
 
 

Comentários


EU&ALÍCIA

bottom of page