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Entre o Passado e o Presente: Reflexões de um Pai Solitário

  • Foto do escritor: Dilnei Dalpian
    Dilnei Dalpian
  • 24 de jul. de 2024
  • 2 min de leitura

Estes últimos dias foram bem reflexivos, normalmente isso acontece quando está perto de alguma data importante. Muitos pensamentos de tempos que não voltam, de como aproveitávamos as datas, os combinados que tínhamos, tudo vai se misturando com as alegrias do dia, as descobertas, formando um emaranhado de pensamentos e emoções. O ano de 2021 foi muito bom e ruim ao mesmo tempo, tantas coisas boas aconteceram. Lembro que no inverno daquele ano nevou, fazia muito tempo que isso não acontecia e ver a alegria nos olhos naquele momento é uma das partes boas.

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Sei que por um longo tempo isso irá me acompanhar, será uma parte de mim, também sei que terei que estar presente no momento para acompanhar o crescimento da pequena Alícia, que vem demonstrando uma curiosidade, uma empolgação em saber mais de sua mãe, e ver ela pedindo com tanta naturalidade me mostra que ela compreende.

Dentro de um mês, irá fazer três anos da partida da Dani. Para alguns, muito tempo; para outros, recente. Mas tenho a impressão de que ela está sempre junto, com o jeito dela.

Ao longo destes quase três anos, fui aprendendo que o luto não é passageiro, mas sim algo que vai caminhar junto comigo por longos anos, às vezes com mais intensidade, outras com menos, mas sempre estará ali. Afinal, foram treze anos juntos e onde eu olho, penso, ela está lá. E isso se torna um grande desafio quando somado ao nosso dia a dia: trabalho, rotinas, compromissos sociais, cuidar da casa e, o mais importante, estar bem para cuidar da Alícia, que certamente é o mais importante.

Ao mesmo tempo que já passaram praticamente três anos desde a partida da Dani, também já passaram três anos no crescimento da Alícia, que já não é mais um bebê. Já são três anos a menos de infância, são três anos a menos do tempo que será apenas nós dois. Muita coisa está passando rapidamente, mas também muita coisa boa está por vir, e sei que tenho que estar presente no momento para aproveitar, não apenas virar passado, fazendo com que no futuro relembremos o que perdemos, que devíamos ter aproveitado mais. Afinal, o que é mais importante: passarmos tempo com quem amamos e fazendo coisas que nos fazem bem, ou ficar reclamando, estressado com o que não podemos mudar?

Aprendi com o tempo que devo aproveitar o momento, aproveitar a vida da melhor forma que é possível, que certas coisas fogem do nosso controle e que ficar reclamando ou fazendo mil planos não vai adiantar. Quando aproveitamos os momentos, sei que estou criando um vínculo afetivo muito grande com a Alícia que no futuro trará muitos frutos.

 
 
 

1 comentário


Marli Santos
Marli Santos
07 de ago. de 2024

Muito lindo esse texto. Uma lição de vida , vc deu com suas palavras.


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EU&ALÍCIA

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